A dois tempos: A minha ideia de marca
A intersecção entre o mundo das marcas comerciais e o mundo da Cultura — prerrogativa primária deste espaço de crónica — tem uma concretização que é, em grande parte, óbvia: o mecenato cultural
A intersecção entre o mundo das marcas comerciais e o mundo da Cultura — prerrogativa primária deste espaço de crónica — tem uma concretização que é, em grande parte, óbvia: o mecenato cultural.
Não há dúvida de que o apoio financeiro privado é, cada vez mais, uma luz de esperança numa penumbra que persiste sombria. E se dúvidas houvesse, este ano de 2020, tomado de surpresa por tormentas bíblicas, deixou a descoberto como é frágil e desprotegida a vida na Cultura. Porém, quem trabalha no sector sabe que, infelizmente, as dificuldades são mais estruturais do que circunstanciais. A pandemia limitou-se a soprar para longe o fino véu que encobria insuficiências profundas e precariedades lastimáveis. Nesse sentido, ainda que o mecenato tenha, neste presente de excepção, um carácter de extrema urgência, não é de todo expectável que venha, num qualquer futuro próximo, a diminuir a sua relevância. Enquanto o investimento público continuar deficitário, o destino da Cultura, e a preservação do seu valor humano e social, dependerá, cada vez mais seriamente, do investimento privado.
Excerto do artigo de opinião de João Campos, professor no IADE, para o Gerador Online. O artigo completo pode ser consultado aqui.