A dois tempos: Cultura ou a solução liberal de excelência
No posfácio da segunda edição de O Fim da História e o Último Homem, Francis Fukuyama sublinha, com inteligibilidade notável, que encontramos nos movimentos migratórios uma prova evidente de que o aumento do nível de vida promovido pelo desenvolvimento económico é um horizonte universalmente desejado
No posfácio da segunda edição de O Fim da História e o Último Homem, Francis Fukuyama sublinha, com inteligibilidade notável, que encontramos nos movimentos migratórios uma prova evidente de que o aumento do nível de vida promovido pelo desenvolvimento económico é um horizonte universalmente desejado.
Afinal, defende, o fluxo de migração traça-se, tendencialmente, em sentido único: das sociedades pobres, de oportunidade escassa, para as sociedades ricas, onde mora a esperança, e a probabilidade, de uma vida consistentemente feliz. Neste curso compulsivo, reiterado geração após geração, os milhões de pessoas que convergem nos países desenvolvidos estão, de acordo com Fukuyama, a votar com os pés no crescimento económico, validando-o, implicitamente, enquanto catalisador de bem-estar humano. A realidade observável, não nos esqueçamos, é uma inequívoca manifestação das motivações pessoais mais íntimas.
Excerto do artigo de opinião escrito por João Campos, professor no IADE, para o Gerador Online. O artigo completo encontra-se aqui .