Admirável mundo velho
Chegado ao final de julho, sinto-me insatisfeito, dormente, trôpego, ou outro adjetivo do género, com o meu quotidiano
Chegado ao final de julho, sinto-me insatisfeito, dormente, trôpego, ou outro adjetivo do género, com o meu quotidiano. Tudo isto porque em momentos chego a crer que sou diferente dos que me rodeiam, tal como se sentiu Bernard Marx no Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley, 1932).
O cansaço psicológico ganha ao físico e as dores do Excel superam as dores do ginásio. Não me sinto alvo das tecnologias reprodutivas nem de manipulações tecnológicas, mas a ideia de sleep-learning instala-se gradualmente. Aldous Huxley prevê-o apenas para 2054, mas eu já sinto as suas premonições na pele...
Excerto do artigo de opinião de Carlos Rosa, Designer e diretor do IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia, para o Diário de Noticias. O artigo completo está disponível aqui.