As cidades intangíveis
Italo Calvino deu-nos cidades invisíveis
Italo Calvino deu-nos cidades invisíveis. Deu-nos um mundo paralelo. Deu-nos uma fantasia através de estórias de cidades que vinham contadas e visíveis num livro, que para vê-las Kublai Khan só tinha de fechar os olhos e ouvir Marco Polo, o maior viajante de todos os tempos.
O imperador dos tártaros em pleno século XIII, ao perceber que estava impossibilitado de conhecer todos os domínios geográficos do seu território entrou no metaverso que lhe era possível, usando a imaginação através das descrições do navegador para se satisfazer com deleite das vivências que não viveu numa série de cidades, todas elas com nomes de mulheres.
Gosto de imaginar que Khan colocava os seus óculos de realidade virtual e via por horas a fio, através de teias de palavras e de assombrosas reflexões contadas de forma muito consistente e exata, as cidades, as ruas, as portas, as pessoas e todos os detalhes mais particulares e reais como se dum cenário de realidade virtual se tratasse.
Excerto do artigo de opinião de Carlos Rosa, Designer e diretor do IADE - Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia, para o Diário de Notícias.
O artigo completo está disponível aqui.