A dois tempos: Que tempos são estes?
Tenho o privilégio de dividir o meu tempo entre marcas comerciais e instituições culturais
Tenho o privilégio de dividir o meu tempo entre marcas comerciais e instituições culturais. Da prateleira do supermercado ao palco do teatro.
É verdade que são realidades que raramente se sobrepõem na agenda, mas cruzam-se, inevitavelmente, no pensamento. E dessa intersecção não planeada, nem sancionada, resulta um olhar positivamente contaminado: não vejo a Cultura desligada da lógica do mercado, nem o mercado desvinculado do potencial da Cultura.
Com mais ou menos relutância, é genericamente aceite que, para existir, a Cultura precisa do mercado. Em sentido inverso, ainda que menos evidente, acredito convictamente que o mercado urge pela Cultura para se libertar das suas próprias limitações. É este eixo de dependência recíproca que, sem guião fixo, me proponho aqui a explorar, neste espaço de crónica que hoje lançamos. Porque mais do que dois tempos a nivelar, estes são dois tempos a respeitar. Apenas assim poderão aprender um com o outro aquilo que, de certeza, o futuro lhes vai exigir. Os tempos assim o ditam.
Resumo do artigo escrito pelo Professor João Campos, professor no IADE. O artigo completo encontra-se disponível para leitura aqui
João Campos Professor do IADE