As tecnologias assumiram um papel determinante no decorrer da pandemia de COVID-19. Aceleraram o processo de digitalização, trouxeram vantagens, desvantagens, oportunidades e desafios. O seu papel, assim como as preocupações relativas à privacidade e ética digital, revelaram-se paulatinamente mais proeminentes e incontornáveis. Como assegurar a proteção mais robusta dos direitos individuais no mundo da digitalização? Será possível no futuro?

Foi para tentar responder a estas e outras questões que surgiu a sessão “Como Construímos a Cidadania Digital?”, onde foram abordadas as temáticas da privacidade digital, de como se define e que exemplos ilustram esta realidade, bem como as questões éticas que suscita, as recomendações técnicas e éticas para a sua promoção e o impacto da lei de proteção de dados na efetiva proteção da privacidade digital.

Este debate insere-se nos encontros “Uma questão de Ética” organizados pela Ciência Viva e o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, e que, durante o ano de 2022, decorrem em dois ciclos de debate, na primavera e no outono, no Pavilhão do Conhecimento e com transmissão digital.

O Ciclo da Primavera foi dedicado ao tema “Como construímos a cidadania digital?” e dividiu-se em três sessões mensais, terminando com o debate de dia 24 de maio, com o tema "Privacidade digital".

Para além da intervenção da professora Ana Viseu, do IADE, a sessão “Como Construímos a Cidadania Digital?” contou com a participação de Maria do Céu Patrão Neves, Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), e de Sandra Maximiano, professora associada de Economia no ISEG, Universidade de Lisboa, e a moderação ficou a cargo de André Dias Pereira, Universidade de Coimbra e CNECV.