Editorial | Da superação
Este semestre, no IADE, aconteceu uma das mais incríveis experiências pedagógicas e académicas que alguma vez testemunhei.
Duas dezenas de alunos de Desenvolvimento de Jogos e Aplicações. Mais de quatro dezenas de Design Global.
Uma dezena de alunos inseridos em programas de mobilidade internacional.
Uma dezena de professores.
De áreas disciplinares tão díspares como Design e Matemática, Informática e Comunicação.
Duas semanas profissionais, de imersão nos projetos.
Inúmeros convidados da indústria.
Um sem-fim de aulas, tutorias, apresentações, discussões.
Muitas horas de trabalho. Muitas noites mal dormidas.
No final, 5 horas de apresentações esplêndidas. 9 jogos 3D.
Tudo isto em Inglês, para quase todos a segunda (ou terceira) língua.
Em pouco mais de 3 meses, as 9 equipas, que reuniam alunos de ambos os cursos – com históricos e formações distintas, com referenciais e pontos de vista díspares –, conceberam e desenvolveram projetos ambiciosos. E sim, digo equipas de alunos e não apenas grupos, porque foi isso que foram. Foi nisso que se tornaram.
E fizeram-no com o respaldo de uma equipa de professores e coordenadores (de projeto e de curso).
De uma parte como da outra foi necessário enorme esforço e dedicação.
O resultado foi uma experiência extraordinária. A história desta experiência fez-se de acordos e desacordos, de consensos e dissensos, de batalhas perdidas e vencidas. Mas, no final, fez-se sobretudo de crescimento. Com o crescimento, sabemos bem, vêm as suas dores.
Mas sem dúvida que, ainda que os jogos que os alunos mostraram no dia 6 de junho sejam – e são, absolutamente – dignos de serem apresentados muito para lá do contexto universitário, mais importante, diria eu, do que isso, foi o processo de aprendizagem e amadurecimento. Para os discentes e os docentes. Para os coordenadores e os ciclos de estudos. Para o IADE. Aprendemos todos. Ganhámos todos.
Eu, pessoalmente, sinto que foi um privilégio ter feito parte desta história. Ter contribuído, ainda que pouco. Mas mais do que isso, ter assistido de perto. Privilégio. Orgulho. Excelência. Superação. Todas estas palavras fazem para mim sentido quando revejo esta história. Como quando vejo o IADE, o seu presente, e o seu futuro. Porque também é isto (e muito mais) o futuro do IADE, e cada vez mais também o seu presente.
Joana Ramalho
Coordenadora de Ciências da Comunicação
IADE – Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia